Quem já não pediu alguma coisa para Deus dando todas as coordenadas, dizendo exatamente como queria ser respondido? Eu sei que não é o correto. Porém, já fiz isso algumas vezes…
Uma delas foi quando, durante meses, orei para que Deus enviasse recursos para comprar o primeiro computador de estúdio para a Rede Maranatha. Como, até então, sempre havia comprado os equipamentos sem o dinheiro (Deus sempre providenciara depois!) vinha pedindo ao Pai que me desse a alegria de, pela primeira vez, comprar um equipamento à vista.
Antes de dormir, uma segunda-feira à noite, ao orar mais uma vez sobre o assunto, ouvi claramente a voz dEle dizendo: “Pare de pedir e compre!” Não dormi aquela noite. Durante toda a manhã fiquei incomodado com a voz dizendo “Compre!”. Tínhamos apenas R$ 16,00 na conta bancária da Maranatha. O equipamento custava R$ 2.800,00. Antes do meio-dia liguei para um fornecedor e comprei. Frustrado e preocupado. Principalmente quando ele perguntou qual seria a forma de pagamento. Respondi laconicamente: “Não sei”. Realmente, eu não tinha nenhuma condição de fazer aquele compromisso.
Após o almoço fui levar os filhos ao colégio (Adventista de Florianópolis – na época morava lá) e resolvi de ir ao correio. Antes, porém, passei em frente ao Bradesco. Aquela mesma voz que disse “Compre” falou agora: “Entra!”.
Eu não queria entrar. Havia fila. Eu não gosto de fila. Contrariado, entrei. Quando chegou a minha vez passei o cartão e o terminal mostrou o saldo: ali estavam os 16 reais e dois outros depósitos. Um de oito reais e outro de mil e quinhentos reais! Fiquei atônito e emocionado! Até hoje não sei quem fez aquele depósito. Quando tiver acesso aos terminais celestiais, por ocasião da eternidade, quero “matar” essa curiosidade. Quem, no dia 2 de outubro de 2001, fez aquele depósito?!
Na sexta-feira, três dias depois da compra, o telefone de casa tocou cedinho, antes de ir para o trabalho. Não reconheci a voz do que falava. Ele não queria ser identificado. Afirmava, porém, que os mil e trezentos reais restantes estavam sendo doados por ele. Depois de muita conversa revelou o nome. Um grande amigo que recebera uma bênção financeira de Deus e, como havia prometido meses antes, estava doando parte para o ministério da Rede Maranatha.
Assim, do jeito de Deus, quando o equipamento chegou, uma semana depois, tive a alegria de pagá-lo à vista.
Deus tem o jeito dEle. Ele sabe o que é melhor! Por isso orientou, inclusive dentro da própria oração modelo, “seja feita a Tua vontade”. É a vontade dEle que deve prevalecer. E no tempo dEle!
Mas nós não gostamos disso! Talvez esse seja o grande empecilho que atrapalha nossas orações. Como crianças mimadas, queremos do nosso jeito! Achamos (!) que Deus só poderá nos ajudar de uma, duas ou três maneiras diferentes. Quem sabe, quatro… Queremos limitar o ilimitável!
Ore. Espere. Confie. “Não barganhem com Deus. Sejam objetivos. Peçam aquilo de que estão precisando. Não estamos num jogo de gato e rato, nem de esconde-esconde. Se seu filho pedir pão, você o enganaria com serragem? Se pedir peixe, iria assustá-lo com uma cobra viva na bandeja? Maus como são, vocês não pensariam em algo assim, pois se portam com decência, pelo menos com seus filhos. Não acham, então, que o Deus que os criou com amor fará ainda melhor?” (Mateus 7:7-11, versão A Mensagem).
Nenhum comentário:
Postar um comentário