quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Para você o viver é Cristo?


Paulo estava preso na prisão Mamertina em Roma quando escreveu aos Filipenses que para ele “o viver é Cristo” (1:21). Isso aconteceu entre os anos 61 e 63 de nossa era. Estava já idoso, com cerca de 60 anos, e havia trabalhado e se sacrificado muito por Cristo. Fundara quase dez igrejas, das quais a de Filipos foi uma, durante a sua segunda viagem missionária; o início da igreja se deu com a conversão de Lídia.
A prisão em Roma, no monte Capitólio, fica bem perto do que foi o famoso Forum Romano. São duas peças, uma em cima da outra, cujo chão é de rocha nativa e com água. Ali esteve Paulo e dali foi levado para o seu holocausto.
Roma é uma cidade que impressiona com o Coliseu, o Arco do Triunfo, o Forum, o Arco de Tito, a Praça Veneza, suas 600 igrejas católicas, o Vaticano, e tantos outros locais e edifícios históricos.
E foi nesta Roma pagã que Paulo se encontrou com dois grandes personagens: Nero, o imperador egocêntrico, e Sêneca, filósofo, e o preceptor de Nero. Mas Paulo disse: “Para mim o viver é Cristo”, isto é, Cristo era superior a estes dois poderosos personagens e o melhor para Paulo.
Roma estava no seu apogeu, protegida por suas possantes muralhas, mas dominada pelo paganismo mais infame, no que concernia ao culto ao imperador como um deus, além dos outros deuses; estes cultos eram regados pelas bacanais mais sensuais, orgias e festins. Os prazeres e a “fartura de pão e abundância de ociosidade” tornavam a vida social, moral e mesmo espiritual de Roma tão baixa que os pecados sociais, o amor ao luxo e aos esportes dominavam a vida do povo romano, amante das guerras e das riquezas, resultado do seu orgulho e vaidade. Não foi sem razão que Paulo incluiu no primeiro capítulo da Carta aos Romanos aquela lista de pecados e perversões praticadas pelo povo.
Tudo isso que o mundo apreciava não valia nada para Paulo. Ele continuava dizendo: “Para mim o viver é Cristo.”  Por amor a Cristo abandonara toda a sua vida mundana anterior. Os judeus, gregos e romanos amavam mais o material, a literatura, a tradição, o poder, as artes, os esportes, os prazeres, o mundo enfim. Mas para Paulo, Cristo valia mais e lhe satisfazia mais que aquelas coisas. Ele conhecera Jerusalém, a capital religiosa; Atenas, a capital artística e literária e agora Roma, a capital do mundo, da lei e do poder. Mas Cristo era-lhe tudo, o Refúgio, a Salvação!
Nosso mundo hoje se assemelha a Roma. Com quem está o nosso amor? Cristo continua sendo, mesmo, a razão do nosso viver?

(Adaptado da série “Tempo de Refletir)

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