quinta-feira, 29 de março de 2012

Como conviver com a sogra


É claro que você encontra sogras que demonstram muito bom senso, que evitam tomar partido nas brigas ou atritos do jovem casal. Algumas se dão tão bem com o genro que demonstram admiração por ele ou agem de forma sedutora que tem como finalidade apenas agradá-lo com o intuito de proteger a própria filha no casamento.
Os casos mais complicados são aqueles em que a relação do filho com a mãe é de extrema dependência. Para essas mães, nenhuma nora irá merecer integralmente o seu filho, que para ela é perfeito (inteligente, trabalhador, o homem que toda mulher gostaria de ter como marido).
Nessas condições de forma clara ou velada tem início uma guerrilha entre sogra e nora. Muitas vezes o relacionamento entre elas parece razoável, mas se esconde atrás de falsidades ou partem definitivamente para claras hostilidades.
Esse homem que sempre teve uma relação de dependência e simbiose com a mãe, naturalmente vai agir como um marido-filho da sua parceira. Ele reproduz no casamento atitudes semelhantes que tinha com a mãe. É importante observar que sogras e noras têm muita coisa em comum. Podem ter traços autoritários, dar palpite em tudo e demonstram habilidade em conseguir tudo aquilo que desejam.
É importante para a sobrevivência e manutenção desse modelo de casamento uma conversa franca que reafirme os laços de confiança entre o casal e que consigam delimitar o espaço próprio onde a privacidade e intimidade deles sejam respeitadas.
É necessário negociar acordos para evitar a obrigação dos tradicionais almoços de domingo na casa da sogra, e um passeio… a três. A nora deve colocar limites com habilidade para não gerar desconforto, mas marcar de forma clara a sua posição.
Quando o jogo de sedução não funciona mais com o filho, o próximo alvo serão os netos, aonde afeto e sedução irão se confundir.
Esses conflitos quando não resolvidos podem ser motivo de ressentimento, de discórdias que vão sendo escondidas embaixo do tapete. A conseqüência é que o relacionamento conjugal vai se fragilizando e, a partir daí, se agrava e o casal passa a falar de separação.
Essa situação pode interferir, é claro, na sexualidade. Quando você tem alguém sempre dando palpite no cotidiano do relacionamento, o interesse e o entusiasmo entre o casal diminuem muito. Por isso, é necessário que haja muita transparência e sinceridade: deve-se conversar com a sogra, para que ela também possa canalizar sua energia para os seus próprios projetos, compartilhando com o filho e nora um relacionamento de respeito e admiração.
Fonte:
Moacir Costa Médico psicoterapeuta.

Nenhum comentário:

Postar um comentário